terça-feira, 30 de março de 2010

Rockz toca em Ipatinga














Festa será animada por músicas como a eletrizante e sarcástica "To Planejando”, carro-chefe do novo disco do RockZ, que vem honrando o posto de supserbanda do rock nacional


A banda alternativa, Rockz, é uma das atrações da quarta edição da “Festa da Mentira”, que acontece no próximo domingo, ás 15:00h, no PitStop Bar ( Kart Club). Composições do seu mais novo CD, “A tão sonhada bicicleta”, e seu hit, “Tô Planejando”, desfilarão pelo repertório do grupo, que representa muito bem a nova safra do rock nacional com um som que chega perto do new rock, dançante, mas com guitarras pesadas e letras bem elaboradas.
Conhecida por suas aparições na MTV e no canal Multishow, a RockZ está em cena desde 2005. Seus integrantes vieram de bandas como Planet Hemp, BNegão & Os Seletores de Freqüência e Funk Fuckers, misturando passado e contemporaneidade sob a influência de The Who, Beatles, Nirvana, Ramones, Rolling Stones, New Order, Foo Fighters, The Killers, Queens of The Stone Age, Sex Pistols, Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e The Strokes.
A RockZ (pronuncia-se "Rockz" mesmo e, não, "roque zê") traz Gabriel Muzak (voz, guitarra), Nobru Pederneiras (guitarra), Daniel Martins (Baixo/teclado) e Pedro Garcia (Bateria). Para essa troupe, um bom show de rock tem que ser muito intenso e divertido.
Trabalhos da RockZ podem ser conferidos na internet , via Myspace, Trama Virtual e outros sites especializados.

MAIS ATRAÇÕES
Outras atrações da Festa da Mentira serão Mc Cubanito & Dj Cost (Cuba/Brasil), especialistas em comandar um bom hip-hop, e rap latino; os regionais do Clube dos Canalhas, com o seu divertido rockabilly; Gustão & Os Breck And Deckers, com seu “drunk and roll “; o DJ Baeh e um set de vinil.
A “Festa da Mentira”, em suas primeiras edições, tinha traços da banda Ratos de Porão. De acordo com Petrônio, “bem ao estilo “Cada dia mais sujo e agressivo”. Agora, bebe na fonte de outra banda da cena HC/Punk, os baianos do Los Canos, “Cada dia mais limpo e romântico”, compara o produtor cultural.
A Festa é uma produção do Coletivo Pé-de-Cabra, que é vinculado à Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN). O grupo foi criado oficialmente na primeira semana de 2010, após a aprovação do Pé-de-cabra para realização da edição do Grito Rock no Vale do Aço.
Ate então, o Pé-de-cabra era uma distribuidora de cd´s de Francisco Petrônio (Xyku Petrônio). “Como sempre estive envolvido em movimentos culturais, busquei me unir a amigos ligados à área. Assim, com o músico e bacharelando em Direito, Deivid (Taroba, vocalista do Hasta Cuando e da Rádio Rock); outro bacharelando em Direito, Wellder (Weldim vocalista do Brechó’s e Cumpadre Nestor) e o produtor musical, DJ Baeh, nos unimos e formamos o Coletivo”, conta Petrônio, que concilia atividades de produtor cultural, compositor musical e professor. Ele recorda que, depois de formado o Coletivo, a designer Kívia Bueno se propôs a trabalhar nos eventos “e acabou embarcando no projeto, fechando, assim, a equipe”, completa Petrônio.

SOBRE O COLETIVO
“Coletivo é o termo utilizado para se referir a grupos de pessoas que assumem uma mesma orientação política, artística e/ou estética. A expressão define bem o nosso propósito”, observa Petrônio.
Segundo explica, o ideal do coletivo é proporcionar o intercambio cultural entre distintas regiões do país e ainda funcionar como uma cooperativa musical. “Para isso, estamos montando um site para a divulgação de bandas, companhias de teatro e dança da região. Por enquanto, mantemos um blog, que divulga informações sobre eventos do meio alternativo da região e ainda oferece orientações para quem esta começando a atuar como produtor cultural”.
Antes de o Coletivo ser formado, seus membros já realizaram shows e festas como a Festa da Mentira, Rock Matinê, Catch a Fire, show da banda capixaba, Mukeka di Rato. Em parceria com outros produtores, foram realizados Dark Preview e a Festa da Pipoca.
Após a criação do Coletivo, foi realizada a primeira edição do Grito Rock – VDA, Catch a Fire, e, agora, estamos com a Festa da Mentira 4.

MÚSICA E MEIO AMBIENTE

O Fórum das Águas reservou ao Coletivo um espaço onde serão reunidas exposições, do analógico ao digital, pontuadas em LD, CD, LP, cassete, DVD, VHS e livros. Os estilos musicais a serem difundidos no stande serão o reggae, surf music, música popular brasileira, dentre outros.
Interessados em participar das atividades musicais podem entrar em contato pelo email: coletivo.pedecabra@gmail.com.


* Contatos produção:
Petrônio: 88094211
85734409
38261266

segunda-feira, 29 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Memória da dança e do teatro em Ipatinga"







Está sendo distribuído o catálogo “Memórias da dança e do Teatro em Ipatinga”, resultado de uma pesquisa histórica que buscou resgatar fatos que marcaram a trajetória das artes representativas da cidade. Mais de 300 exemplares já foram entregues à Secretaria de Cultura de Ipatinga, que irá disponibilizá-los às bibliotecas das escolas da rede municipal. Foram encaminhados exemplares também para a Funarte, Centro Cultural Usiminas, Biblioteca Municipal Zumbi dos Palmares e outros espaços culturais de Ipatinga.

O projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e apoio do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci).

Juntamente com a pesquisa, foi realizado na Academia Olguin, primeiro palco da cidade , o Chá da Memória onde se reuniram pessoas ligadas á dança e ao teatro de Ipatinga para relembrar eventos que marcaram a história da dança e do teatro ocorridos entre as décadas de 1960 e 1990. “Cada bailarino ou ator trouxe à memória fatos dos quais os outros às vezes não se lembravam ou desconheciam. Enquanto um ator dizia que tal fato acontecera em determinado ano, em tal espaço, outro se lembrava de outros detalhes, buscando, assim, a reconstituição mais fiel possível dos acontecimentos. Foi muito curioso”, conta a historiadora e produtora cultural, Leila Cunha, responsável pelo Projeto, juntamente com Etiene Pires, Valéria da Silva e Weiden Morais, também historiadores.

O Chá foi realizado pela manhã entre bailarinos e, à tarde, ente atores do teatro. Zélia de Souza Franco Olguin, dona Zélia Olguin, abriu a conversa relembrando o início da sua carreira de bailarina, em 1949, tempo em que estudava dança clássica com Madame Olenewa, que pertenceu à primeira geração da dança clássica no Brasil. Falou da sua vinda para Ipatinga, em 1964, tempo em que a Usiminas estava sendo construída; sobre a fundação da Academia Olguin, em 1970, e sobre a instituição do Encontro de Danças do Vale do Aço (Endança), em 1986, que contou com a participação de grupos de dança da região e recebeu o Balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, do Balé da Fundação Clóvis Salgado, Grupo Corpo, Centro Mineiro de Dança Clássica, Raça Cia. de Dança, Grupo de Dança Camaleão, dentre outros.

Para Salette, o Projeto Bolsas de Estudos veio estimular ainda mais a formação de bailarinos, “um propósito que já havíamos abraçamos há tempos. Percebemos que trazer companhias de fora não era tudo. Precisávamos investir na formação de bailarinos da região, revelar novos talentos. O Projeto cumpre bem esse objetivo”, diz Salette.


ATRELADAS

O bailarino João Carlos de Souza, da Fluxo Cia. de Dança, observou que a história da dança e a do teatro sempre estiveram atreladas. “Em todos os relatos podemos perceber que os bailarinos citam os atores de teatros e vice-versa, falam dos mesmos espaços onde se apresentavam, dos mesmos desafios”, destaca o bailarino.

O Chá da Memória foi prestigiado por um grupo de bailarinos argentinos, que disseram estar maravilhados com a história da dança. “A gente não tem isso na Argentina. Os acontecimentos não são registrados. É como se amputassem os fatos. Eles acontecem e acabam ali mesmo, caem no esquecimento. Fica como se nunca tivessem existido. Estamos surpresos como a força que a dança tem aqui; parece ser maior que do teatro. Hoje, folheando um jornal da cidade, vimos três matérias só sobre dança”, observou a argentina Lúcia Russo.

TEATRO

O teatrólogo, Darci de Mônaco, foi incumbido de dar início ao bate-papo sobre a história do teatro. “Minha primeira apresentação aconteceu em 1956. Aos dez anos de idade, fiz a peça Zefa na Justiça. Daí em diante, comecei minha luta por um espaço para fazer teatro. Cheguei a montar peça nos fundos da casa do ex-prefeito de Ipatinga, o Jamil.

Em seu quintal, havia um local onde ele guardava seus cavalos. A gente tirava os animais de lá, limpava toda a área e, depois do espetáculo, voltávamos com os cavalos para o seu abrigo. Fiz também teatro de bolso, inspirado no que eu conheci no Rio e São Paulo.

Para Darci, trabalhar com cultura sempre foi um desafio, “pois, se o governo precisa sacrificar algum setor, nunca será outro senão a cultura. Por isso, tudo foi com muito sacrifício”, reclama.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Historiadores resgatam a história da dança e do teatro




















Os historiadores Etiene Pires, Leila Cunha, Valéria da Silva e Weiden, vêm resgatando a história da arte representativa de Ipatinga, da década de 60 à década de 90, por meio do projeto Memória e documentação da dança e do Teatro em Ipatinga, desenvolvido por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e com o apoio do Sindicato do Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci).

“A idéia é recuperar, através da história oral, aquilo que não temos em documento, e registrar os fatos ligados às artes representativas em catálogo”, conta Leila Cunha, informando em seguida que o trabalho de pesquisa vem sendo coordenado por Cláudia Coutinho, professora de História do Unileste-MG.

Para isso, os historiadores vêm entrevistando pessoas ligadas ao teatro, como Darci di Mônaco, Eliane Santos, e à dança, como Zélia Olguin, que em 1964 trouxe o balé clássico para o Vale do Aço. “Outra ação prevista é uma reunião com os artistas e outras pessoas que contribuíram para a construção dessa história a fim de estimular a memória coletiva do grupo. O encontro, batizado como Chá da Memória, será na Academia Olguin, o primeiro palco da nossa cidade”, informa Leila.

O evento ganhará registro em DVD, com imagens de Tiago e fotografia de Pedro Bastos e editoração eletrônica do designer gráfico, Alexandre Campos. O DVD será anexado ao catálogo. As fotos terão textos extensos como legendas. “As fotos, por si só, não alcançam a história, por isso nossas legendas não terão apenas uma ou duas linhas. Vamos considerar os textos mais amplos como legendas”, detalha a historiadora.

SERVIÇO


Grupos interessados em divulgar seu trabalho no catálogo Memória e documentação da dança e do Teatro em Ipatinga devem enviar, até esta segunda-feira (30), uma foto de boa qualidade do grupo e um texto de três linhas sobre o trabalho que desenvolvem para o e-mail: leila.cultura@gmail.com. Outras informações pelos telefones (31) 8829-9591 ou 3823-0704.