sexta-feira, 23 de abril de 2010

Secretaria de Saúde faz balanço positivo dos serviços prestados à comunidade em SJO














SÃO JOÃO DO ORIENTE – Já foi licitada a construção da Unidade Básica de Saúde (UBS) do distrito de Santa Maria do Baixio. A obra deve ser iniciada na segunda-feira. A boa notícia foi dada pela secretária municipal de Saúde, Margaret de Souza Silva, que anunciou também a instalação da Farmácia de Minas com início previsto para este ano. Outras novidades para o setor são a implantação da Vigilância Sanitária, que deve acontecer neste semestre, e a criação do Código de Postura do município já em andamento.

Num balanço das ações desenvolvidas na área da saúde, em São João do Oriente, Margaret e o diretor de controle e avaliação do Programa Saúde da Família (PSF), Elias Louzada Gomes, falaram ao DIÁRIO DE CARATINGA.

Quais as ações a Secretaria de Saúde vem desenvolvendo?

O prefeito Jorge Romel Cunha, que prioriza as políticas públicas de saúde, assinou um convênio com o Consórcio de Saúde Intermunicipal (Consaúde), o que tem trazido benefícios imensuráveis para a nossa comunidade. Por meio desse consórcio, a população tem acesso a consultas especializadas com ortopedistas, urologistas, cardiologistas, neurologistas, otorrionolaringologistas, psiquiatras, oftalmologistas e a muitas outras especialidades. Além dos exames como raio-x, ultrassonografia, ecocardiodoppler, eletrocardiograma, eletroneuromiografia, teste ergométrico, holter 24 horas, colonoscopia, retossignodoscopia, endoscopia, eletroencefalograma, ultrassonografia de veias, ressonância magnética, tomografia computadorizada, ecobiometria, ecografia, ecocardiograma fetal e tantos outros.

Recentemente, por meio do SUS, conseguimos a colocação de uma prótese auditiva para uma pessoa. Na rede particular, o atendimento não ficaria por menos de R$ 1 mil.

Em relação ao transporte dos pacientes, o que mudou na gestão de Dr. Jorge?

O Dr. Jorge conseguiu uma ambulância e um microônibus muito confortável para transporte de pacientes para centros mais avançados de tratamento do Vale do Aço. O automóvel é equipado com ar condicionado; DVD, para a exibição de filmes educativos. Os pacientes contam com uma agente de viagem, uma técnica em enfermagem, que foi capacitada pelo Consaúde para prestar o serviço.

Em relação à odontologia?

Oferecemos atendimento no Centro Odontológico. Para a prestação desse serviço, contamos com três equipes de saúde bucal, que trabalham na prevenção e atendem curativos. Temos ainda dois dentistas que atendem a demanda espontânea.

São João conta com fisioterapeutas?

Sim. São três fisioterapeutas atendendo no Centro de Fisioterapia. Outro serviço muito importante e que é oferecido na rede pública de saúde é a Fonoaudiologia. Nossa fonoaudióloga atende alunos da Apae, estudantes da rede pública de ensino e outros casos isolados.

Quanto à epidemiologia, como andam os serviços?

Fruto do empenho da gestão municipal, dos nossos profissionais da saúde, São João do Oriente está entre os três municípios do estado de Minas que, no ano passado, alcançaram a meta de pactuação, com o cumprimento de 100% das atividades previstas pelos programas da epidemiologia. Em 2007, o município teve um surto de dengue, inclusive com um caso de dengue hemorrágica que levou o paciente a óbito, mas desde o ano passado, nenhum caso da doença foi confirmado no município. A Funasa vem trabalhando na prevenção da dengue e de outras doenças. Merece nosso reconhecimento ainda a coordenação da epidemiologia, a cargo da enfermeira Márcia de Souza.

A participação nas campanhas nacionais de vacinação, com superação de metas de imunização, é outro mérito da saúde em São João do Oriente.

Quantos profissionais atuam hoje na área da saúde?

São cerca de 80 profissionais, entre médicos de diversas especialidades, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudióloga, psicólogas, nutricionistas, dentistas, agentes de saúde, além do pessoal que trabalha no transporte dos pacientes, no serviço burocrático, limpeza e manutenção das unidades de saúde.

Elias, quanto ao PSF, que programas vocês desenvolvem?

Nossas equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes e na manutenção da saúde da comunidade. Nesse sentido, desenvolvemos o Hiperdia, o Siscolo, o Sis Pré-Natal, o Sisvan, o controle de hanseníase e tuberculose, dentre outros.

Como são formadas as equipes do PSF?

O PSF cobre 100% do município, incluindo Santa Maria do Baixio, Vila Martins, todas as regiões do município. Para realizar esse atendimento, conta com três equipes; cada uma composta por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e sete agentes comunitários de saúde. Cada equipe é responsável por moradores de determinada região. O beneficiário é atendido no posto do PSF e em sua residência. Essas equipes passam a ser responsáveis pela promoção da saúde do grupo designado para assistir.

Temos ainda a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), composta por um fisioterapeuta, que atende os doentes acamados; um psicólogo, um fonoaudiólogo, uma nutricionista e um educador físico.

Elias, as políticas de saúde são discutidas entre os usuários da rede pública de saúde?

Os beneficiários do PSF têm oportunidade de sempre estar junto de seu médico, dos agentes de saúde, sugerindo, fazendo reclamações, elogios. A avaliação do trabalho é permanente. O médico de família, a equipe do PSF conhece o individualismo de quem atende e o contexto em que vivem os pacientes. Assim, o atendimento não é restrito ao consultório e a ação é mais ampla em todos os aspectos. Em relação ao médico, ele é como se fosse aquele médico de antigamente que conhece a família de quem ele atende, integralmente. Assim esse profissional evita que o atendimento seja rápido e sem vínculo.

Quanto a ouvir a comunidade, o 1º Simpósio de Saúde da Família, realizado no ano passado, foi uma ótima oportunidade para que os usuários da rede pública de saúde pudessem opinar, sugerir ações para a saúde no município.

terça-feira, 30 de março de 2010

Rockz toca em Ipatinga














Festa será animada por músicas como a eletrizante e sarcástica "To Planejando”, carro-chefe do novo disco do RockZ, que vem honrando o posto de supserbanda do rock nacional


A banda alternativa, Rockz, é uma das atrações da quarta edição da “Festa da Mentira”, que acontece no próximo domingo, ás 15:00h, no PitStop Bar ( Kart Club). Composições do seu mais novo CD, “A tão sonhada bicicleta”, e seu hit, “Tô Planejando”, desfilarão pelo repertório do grupo, que representa muito bem a nova safra do rock nacional com um som que chega perto do new rock, dançante, mas com guitarras pesadas e letras bem elaboradas.
Conhecida por suas aparições na MTV e no canal Multishow, a RockZ está em cena desde 2005. Seus integrantes vieram de bandas como Planet Hemp, BNegão & Os Seletores de Freqüência e Funk Fuckers, misturando passado e contemporaneidade sob a influência de The Who, Beatles, Nirvana, Ramones, Rolling Stones, New Order, Foo Fighters, The Killers, Queens of The Stone Age, Sex Pistols, Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e The Strokes.
A RockZ (pronuncia-se "Rockz" mesmo e, não, "roque zê") traz Gabriel Muzak (voz, guitarra), Nobru Pederneiras (guitarra), Daniel Martins (Baixo/teclado) e Pedro Garcia (Bateria). Para essa troupe, um bom show de rock tem que ser muito intenso e divertido.
Trabalhos da RockZ podem ser conferidos na internet , via Myspace, Trama Virtual e outros sites especializados.

MAIS ATRAÇÕES
Outras atrações da Festa da Mentira serão Mc Cubanito & Dj Cost (Cuba/Brasil), especialistas em comandar um bom hip-hop, e rap latino; os regionais do Clube dos Canalhas, com o seu divertido rockabilly; Gustão & Os Breck And Deckers, com seu “drunk and roll “; o DJ Baeh e um set de vinil.
A “Festa da Mentira”, em suas primeiras edições, tinha traços da banda Ratos de Porão. De acordo com Petrônio, “bem ao estilo “Cada dia mais sujo e agressivo”. Agora, bebe na fonte de outra banda da cena HC/Punk, os baianos do Los Canos, “Cada dia mais limpo e romântico”, compara o produtor cultural.
A Festa é uma produção do Coletivo Pé-de-Cabra, que é vinculado à Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN). O grupo foi criado oficialmente na primeira semana de 2010, após a aprovação do Pé-de-cabra para realização da edição do Grito Rock no Vale do Aço.
Ate então, o Pé-de-cabra era uma distribuidora de cd´s de Francisco Petrônio (Xyku Petrônio). “Como sempre estive envolvido em movimentos culturais, busquei me unir a amigos ligados à área. Assim, com o músico e bacharelando em Direito, Deivid (Taroba, vocalista do Hasta Cuando e da Rádio Rock); outro bacharelando em Direito, Wellder (Weldim vocalista do Brechó’s e Cumpadre Nestor) e o produtor musical, DJ Baeh, nos unimos e formamos o Coletivo”, conta Petrônio, que concilia atividades de produtor cultural, compositor musical e professor. Ele recorda que, depois de formado o Coletivo, a designer Kívia Bueno se propôs a trabalhar nos eventos “e acabou embarcando no projeto, fechando, assim, a equipe”, completa Petrônio.

SOBRE O COLETIVO
“Coletivo é o termo utilizado para se referir a grupos de pessoas que assumem uma mesma orientação política, artística e/ou estética. A expressão define bem o nosso propósito”, observa Petrônio.
Segundo explica, o ideal do coletivo é proporcionar o intercambio cultural entre distintas regiões do país e ainda funcionar como uma cooperativa musical. “Para isso, estamos montando um site para a divulgação de bandas, companhias de teatro e dança da região. Por enquanto, mantemos um blog, que divulga informações sobre eventos do meio alternativo da região e ainda oferece orientações para quem esta começando a atuar como produtor cultural”.
Antes de o Coletivo ser formado, seus membros já realizaram shows e festas como a Festa da Mentira, Rock Matinê, Catch a Fire, show da banda capixaba, Mukeka di Rato. Em parceria com outros produtores, foram realizados Dark Preview e a Festa da Pipoca.
Após a criação do Coletivo, foi realizada a primeira edição do Grito Rock – VDA, Catch a Fire, e, agora, estamos com a Festa da Mentira 4.

MÚSICA E MEIO AMBIENTE

O Fórum das Águas reservou ao Coletivo um espaço onde serão reunidas exposições, do analógico ao digital, pontuadas em LD, CD, LP, cassete, DVD, VHS e livros. Os estilos musicais a serem difundidos no stande serão o reggae, surf music, música popular brasileira, dentre outros.
Interessados em participar das atividades musicais podem entrar em contato pelo email: coletivo.pedecabra@gmail.com.


* Contatos produção:
Petrônio: 88094211
85734409
38261266

segunda-feira, 29 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Memória da dança e do teatro em Ipatinga"







Está sendo distribuído o catálogo “Memórias da dança e do Teatro em Ipatinga”, resultado de uma pesquisa histórica que buscou resgatar fatos que marcaram a trajetória das artes representativas da cidade. Mais de 300 exemplares já foram entregues à Secretaria de Cultura de Ipatinga, que irá disponibilizá-los às bibliotecas das escolas da rede municipal. Foram encaminhados exemplares também para a Funarte, Centro Cultural Usiminas, Biblioteca Municipal Zumbi dos Palmares e outros espaços culturais de Ipatinga.

O projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e apoio do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci).

Juntamente com a pesquisa, foi realizado na Academia Olguin, primeiro palco da cidade , o Chá da Memória onde se reuniram pessoas ligadas á dança e ao teatro de Ipatinga para relembrar eventos que marcaram a história da dança e do teatro ocorridos entre as décadas de 1960 e 1990. “Cada bailarino ou ator trouxe à memória fatos dos quais os outros às vezes não se lembravam ou desconheciam. Enquanto um ator dizia que tal fato acontecera em determinado ano, em tal espaço, outro se lembrava de outros detalhes, buscando, assim, a reconstituição mais fiel possível dos acontecimentos. Foi muito curioso”, conta a historiadora e produtora cultural, Leila Cunha, responsável pelo Projeto, juntamente com Etiene Pires, Valéria da Silva e Weiden Morais, também historiadores.

O Chá foi realizado pela manhã entre bailarinos e, à tarde, ente atores do teatro. Zélia de Souza Franco Olguin, dona Zélia Olguin, abriu a conversa relembrando o início da sua carreira de bailarina, em 1949, tempo em que estudava dança clássica com Madame Olenewa, que pertenceu à primeira geração da dança clássica no Brasil. Falou da sua vinda para Ipatinga, em 1964, tempo em que a Usiminas estava sendo construída; sobre a fundação da Academia Olguin, em 1970, e sobre a instituição do Encontro de Danças do Vale do Aço (Endança), em 1986, que contou com a participação de grupos de dança da região e recebeu o Balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, do Balé da Fundação Clóvis Salgado, Grupo Corpo, Centro Mineiro de Dança Clássica, Raça Cia. de Dança, Grupo de Dança Camaleão, dentre outros.

Para Salette, o Projeto Bolsas de Estudos veio estimular ainda mais a formação de bailarinos, “um propósito que já havíamos abraçamos há tempos. Percebemos que trazer companhias de fora não era tudo. Precisávamos investir na formação de bailarinos da região, revelar novos talentos. O Projeto cumpre bem esse objetivo”, diz Salette.


ATRELADAS

O bailarino João Carlos de Souza, da Fluxo Cia. de Dança, observou que a história da dança e a do teatro sempre estiveram atreladas. “Em todos os relatos podemos perceber que os bailarinos citam os atores de teatros e vice-versa, falam dos mesmos espaços onde se apresentavam, dos mesmos desafios”, destaca o bailarino.

O Chá da Memória foi prestigiado por um grupo de bailarinos argentinos, que disseram estar maravilhados com a história da dança. “A gente não tem isso na Argentina. Os acontecimentos não são registrados. É como se amputassem os fatos. Eles acontecem e acabam ali mesmo, caem no esquecimento. Fica como se nunca tivessem existido. Estamos surpresos como a força que a dança tem aqui; parece ser maior que do teatro. Hoje, folheando um jornal da cidade, vimos três matérias só sobre dança”, observou a argentina Lúcia Russo.

TEATRO

O teatrólogo, Darci de Mônaco, foi incumbido de dar início ao bate-papo sobre a história do teatro. “Minha primeira apresentação aconteceu em 1956. Aos dez anos de idade, fiz a peça Zefa na Justiça. Daí em diante, comecei minha luta por um espaço para fazer teatro. Cheguei a montar peça nos fundos da casa do ex-prefeito de Ipatinga, o Jamil.

Em seu quintal, havia um local onde ele guardava seus cavalos. A gente tirava os animais de lá, limpava toda a área e, depois do espetáculo, voltávamos com os cavalos para o seu abrigo. Fiz também teatro de bolso, inspirado no que eu conheci no Rio e São Paulo.

Para Darci, trabalhar com cultura sempre foi um desafio, “pois, se o governo precisa sacrificar algum setor, nunca será outro senão a cultura. Por isso, tudo foi com muito sacrifício”, reclama.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Historiadores resgatam a história da dança e do teatro




















Os historiadores Etiene Pires, Leila Cunha, Valéria da Silva e Weiden, vêm resgatando a história da arte representativa de Ipatinga, da década de 60 à década de 90, por meio do projeto Memória e documentação da dança e do Teatro em Ipatinga, desenvolvido por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e com o apoio do Sindicato do Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci).

“A idéia é recuperar, através da história oral, aquilo que não temos em documento, e registrar os fatos ligados às artes representativas em catálogo”, conta Leila Cunha, informando em seguida que o trabalho de pesquisa vem sendo coordenado por Cláudia Coutinho, professora de História do Unileste-MG.

Para isso, os historiadores vêm entrevistando pessoas ligadas ao teatro, como Darci di Mônaco, Eliane Santos, e à dança, como Zélia Olguin, que em 1964 trouxe o balé clássico para o Vale do Aço. “Outra ação prevista é uma reunião com os artistas e outras pessoas que contribuíram para a construção dessa história a fim de estimular a memória coletiva do grupo. O encontro, batizado como Chá da Memória, será na Academia Olguin, o primeiro palco da nossa cidade”, informa Leila.

O evento ganhará registro em DVD, com imagens de Tiago e fotografia de Pedro Bastos e editoração eletrônica do designer gráfico, Alexandre Campos. O DVD será anexado ao catálogo. As fotos terão textos extensos como legendas. “As fotos, por si só, não alcançam a história, por isso nossas legendas não terão apenas uma ou duas linhas. Vamos considerar os textos mais amplos como legendas”, detalha a historiadora.

SERVIÇO


Grupos interessados em divulgar seu trabalho no catálogo Memória e documentação da dança e do Teatro em Ipatinga devem enviar, até esta segunda-feira (30), uma foto de boa qualidade do grupo e um texto de três linhas sobre o trabalho que desenvolvem para o e-mail: leila.cultura@gmail.com. Outras informações pelos telefones (31) 8829-9591 ou 3823-0704.